Diagnóstico, tratamento e prevenção de Flavobacterium columnare
A integridade das brânquias, responsáveis pelas trocas gasosas e por grande parte da excreção de amônia do organismo, é essencial para o bom desenvolvimento dos peixes. Portanto, patologias que prejudiquem o funcionamento desses órgãos representam justificada preocupação para a piscicultura.
Dentre as causas infecciosas, a bactéria Flavobacterium columnare, responsável pela doença columnariose, apresenta grande prevalência de acometimento em Tilápia-do-Nilo e em outras espécies de criação comercial (1, 2). O principal sinal clínico da infecção caracteriza-se por alta mortalidade em um curto período de tempo, além de lesões erosivas na pele, nadadeiras e brânquias dos peixes. A necrose de brânquias, além de prejudicar a excreção de produtos nitrogenados, é a principal causa de morte dos animais, por gerar prejuízo à oxigenação (3, 4, Noga 2010).
Se, por um lado, a alta mortalidade é sinal evidente de que algo está errado, isoladamente não oferece grande auxílio para a identificação da causa, já que diversas patologias cursam com o mesmo desfecho de forma aguda. Além disso, tanto o tratamento quanto a prevenção desses patógenos podem variar consideravelmente em função da susceptibilidade a diferentes antibióticos (5, 6, 7). Em meio à resistência antimicrobiana enfrentada, não só em saúde animal, mas em Saúde Única em escala global, uma cultura de uso consciente dos antimicrobianos é não só necessária como também urgente (8, 9).
Neste contexto, o diagnóstico molecular é ferramenta chave, por sua alta especificidade, acurácia e rapidez em comparação a outras técnicas laboratoriais. A PCR proporciona a identificação precisa do agente infeccioso causador, auxiliando na elaboração de um plano de tratamento e prevenção contra novos casos e surtos e oferecendo suporte ao isolamento e caracterização do patógeno para o desenvolvimento de vacinas autógenas (10, 11).
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