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Actinobacillus pleuropneumoniae é agente etiológico da pleuropneumonia em suínos. Atualmente, 12 sorotipos desta bactéria são descritos. Cepas dos sorotipos 1, 5, 9, 10 e 11 são consideradas mais patogênicas. O diagnóstico de A. pleuropneumoniae envolve exame postmortem de animais afetados, isolamento bacteriano a partir das lesões e das tonsilas, e caracterização bioquímica e sorológica dos isolados. A sorotipagem pode ser realizada através de aglutinação em lâmina ou teste de co-aglutinação. Alternativamente, pode-se utilizar a técnica de PCR para detecção de A. pleuropneumoniae direto de amostras clínicas (lesões do pulmão e exsudados do nariz e brônquios). A metodologia de RFLP possibilita a sorotipagem molecular a partir de amostras positivas por PCR. Resultados obtidos por estas metodologias têm sido muito mais precisos e rápidos, agilizando os procedimentos diagnósticos. Na modalidade actip, casos positivos por PCR são submetidos à sorotipagem molecular e classificados de acordo com a seguinte nomenclatura:
Grupo 1 ...................................... Sorotipos 1, 9, 11 e 12
Grupo 2 ...................................... Sorotipos 2 e 8
Grupo 3 ...................................... Sorotipos 3, 4, 6 e 7
Grupo 4 ...................................... Sorotipos 5 e 10
Haemophilus parasuis (HPS) infecta suínos em todo o mundo e pode causar doença de Glässer (poliserosite fibrinosa), poliartrite, meningite, pneumonia aguda sem poliserosite e septicemia aguda. O agente é geralmente isolado a partir de cavidades nasais, amígdalas e parte superior da traqueia (1), de animais saudáveis ou afetados (2). HPS é recorrente no trato respiratório superior e seu isolamento não indica infecção sistêmica. Significativo para o diagnóstico é, portanto, a detecção de HPS no cérebro, articulações ou membranas serosas (3). Importante destacar que o diagnóstico clínico pode ser confundido com Streptococcus suis, cujos sinais são muito semelhantes (S. suis é principalmente isolado de animais encontrados mortos, enquanto que HPS é isolado a partir dos clinicamente afetados, não tratados). E que HPS já foi descrito em casos com sinais clínicos apenas no sistema nervoso central, sem outras lesões sistêmicas. Referências bibliográficas consideram a classificação, baseada em testes de imunodifusão (gerando 15 sorotipos, de 1-15), usualmente relacionada à virulência: os sorovares 3, 6, 7, 8, 9 e 11 são tidos como avirulentos, 2, 4 e 15 causam poliserosite sem mortalidade e são designados como de virulência intermediária e 1, 5 10, 12, 13 e 14 são tidos como virulentos e causam alta morbidade e mortalidade (4,5). O diagnóstico de infecção sistémica de HPS é baseado na associação entre a história clínica e isolamento do agente de lesões características. O isolamento bem sucedido de HPS a partir de amostras clínicas pode ser alcançado por amostragem em animais agudamente afetados não tratados. O isolamento é mais fácil quando os animais clinicamente afetados são sacrificados e amostras frescas são submetidas ao laboratório de diagnóstico mais rapidamente possível. É importante recolher a fibrina da superfície de órgãos afetados (tecidos também podem ser recolhidos).
Mycoplasma hyopneumoniae é agente etiológico da pneumonia enzoótica, doença responsável por alta morbidade dos animais infectados. O principal sintoma clínico da infecção é tosse crônica. Outras características importantes são prostração, retardamento do crescimento e baixa mortalidade. Devido às dificuldades de isolamento, testes sorológicos (hemaglutinação indireta, fixação de complemento e ELISA) têm sido utilizados na detecção indireta de M. hyopneumoniae. A PCR possibilita detecção direta do patógeno em amostras clínicas. Além disto, consiste de teste significativamente mais sensível e específico do que qualquer outra metodologia disponível atualmente.
Cinco espécies de espiroquetas têm sido identificadas no conteúdo intestinal de suínos: Brachyspira hyodysenteriae, B. pilosicoli, B. intermedia, B. innocens e B. murdochii. Entre estas, B. hyodysenteriae e B. pilosicoli são comprovadamente patogênicas e relacionadas a disenteria suína e colite frequentemente associada a diarreias, respectivamente. Existem suspeitas recentes, também, sobre a patogenicidade de B. intermedia. Os principais métodos utilizados para diferenciar estas bactérias se baseiam em testes bioquímicos e moleculares. A Simbios Biotecnologia oferece teste inédito para a detecção e diferenciação de espiroquetas patogênicas. O qPCR (Real Time PCR) é método rápido e prático, sendo utilizado para análise direta de amostra clínica (fezes) e diferenciando (1) B. pilosicoli, (2) B. hyodysenteriae e (3) B. intermedia.
Lawsonia intracellularis é o agente causal da Enterite Proliferativa Suína (EPS), ou simplesmente ileíte, doença caracterizada pelo espessamento da mucosa do intestino delgado e, ocasionalmente, do intestino grosso. Lesões patognomônicas consistem da proliferação de células imaturas no epitélio intestinal e a presença de bactérias no citoplasma apical. Sinais clínicos desta doença são uma diarreia crônica, tipicamente vista em leitões de 20 a 50 kg, ou uma diarrea hemorrágica aguda, que ocorre normalmente em suínos em terminação (50 a 102 kg) ou animais de reprodução. O diagnóstico de ileíte em um rebanho envolve histórico da doença na propriedade, verificação de sinais clínico e avaliação histopatológica das lesões. A PCR é baseada na amplificação de fragmentos específicos do DNA de L. intracellularis e possibilita o diagnóstico a partir de amostras fecais ou necropsias das lesões.
Salmonella é o agente etiológico da salmonelose, doença infecciosa que ocorre principalmente em suínos jovens e que pode ter graus variáveis de manifestação: clinicamente inaparente, enterite crônica ou aguda, ou até septicemia aguda. A maioria dos surtos naturais são consequência de debilitação do animal, doença intercorrente ou situações de estresse. Grande variedade de sorotipos podem causar infecções em suínos, entretanto Cholerasuis e Typhimurium têm sido associados a maior parte das doenças clínicas. O diagnóstico laboratorial é realizado através de isolamento bacteriológico a partir de suabes retais ou "pool" de fezes frescas. Formas septicêmicas podem ser isoladas de fragmentos do baço. A sorotipagem envolve uma série de análises sorológicas. Metodologias de detecção de isolados de Salmonella por PCR possibilitam a pesquisa específica de Salmonella diretamente das amostras clínicas.
O acesso ao diagnóstico confiável para caracterizar Salmonella em programas de monitoramento é essencial à segurança alimentar. A sorotipagem é ferramenta epidemiológica importante na caracterização de isolados de Salmonella, permitindo determinar a prevalência e surgimento de sorotipos nas diferentes regiões de produção. A ribotipagem de sequencia intergênica (ISR) avalia variações genotípicas associadas a sorotipos específicos pela análise de região entre os genes dos RNAs ribossomais 23S e 5S do operon rrnH. A técnica é específica, apresentando elevado poder discriminatório, reprodutibilidade e repetibilidade em comparação com o esquema tradicional de sorotipagem pelo método de Kauffman-White (KW)* (1,2,3). Apresenta como vantagem adicional a não ocorrência de interferência devido à expressão variável de antígenos de superfície celular. Também acrescenta informação crítica às frequentes situações que limitam o diagnóstico à simples determinação da presença ou ausência de Salmonella, ou ao reconhecimento de poucos sorotipos. A ISR foi comparado pela AOAC (Association of Official Analytical Chemists) ao método de microarranjo de hibridização de DNA (DNA Hyb, Certificado Internacional 121001) demonstrando resultados equivalentes, com vantagens do custo substancialmente menor (1). Esta técnica também identifica novas variantes genéticas, que progressivamente passam a ser relacionadas com os novos sorotipos determinados, tanto pelo DNA Hyb, quanto pelo KW, conforme se expandam as informações disponibilizadas por laboratórios de referência. Por fim, ilustram altos graus de correlação, frequentemente superior a 90%, entre as técnicas moleculares (ISR e DNA Hyb) e o tradicional KW, destacando como causas principais nas discrepâncias:
- misturas de sorotipos numa mesma cultura, detectáveis por alguns métodos, mas não outros;
- variações na interpretação da imunoreatividade do antígeno Flagelar H e
- emergência de variante genética, que pode passar a representar um novo genótipo.
A patologia associada ao circovírus suíno tipo 2 (PCV2) e suas consequentes perdas produtivas em suínos têm sido estudadas desde 1998, sendo hoje conhecida como doença sistêmica devido ao PCV2 (DS-PCV2). Desde então, diferentes patologias que requerem infecção sistêmica, como SD-PCV2 e infecção subclínica (IS-PCV2) em animais de transição e engorda, bem como doença reprodutiva (DR-PCV2) em porcas prenhes, têm sido descritas. O PCV2 também tem sido associado a doenças que aparentemente afetam órgãos específicos, como pulmão ou doença entérica. Além disso, o PCV2 ainda está associado à síndrome de dermatite e nefropatia porcina, apesar de ser considerado uma doença mediada por complexos imunes sem etiologia definitiva. A infecção sistêmica de um indivíduo ocorre quando o PCV2 é estendido pelo organismo, sendo a circulação sanguínea o veículo para sua disseminação (viremia). Na suinocultura industrial é comum encontrar animais virêmicos durante o final do período de transição e a fase de engorda. Foi observado que a presença de animais virêmicos pelo PCV2 ocorre com maior frequência e mais cedo em propriedades com DS-PCV2. O estabelecimento ou não de viremia está associado à presença de imunidade contra o vírus no momento da infecção. Assim, a imunidade materna pode proteger o leitão durante as primeiras 4-12 semanas de vida, embora mais tarde ocorra uma viremia até que o leitão desenvolva uma resposta ativa. No entanto, o estabelecimento dessa resposta nem sempre implica a eliminação da viremia, embora reduza a carga viral. De fato, diferentemente de outros vírus porcinos, as viremias devido ao PCV2 têm dinâmica variável - independentemente da presença ou ausência de DS-PCV2 na fazenda - onde é comum encontrar uma proporção significativa de animais com viremia intermitente e / ou longa duração que pode durar até as 28 semanas de idade. Numerosos estudos mostraram que animais com uma apresentação clínica de DS-PCV2 têm carga viral significativamente maior no sangue em comparação com leitões saudáveis, indicando que níveis elevados de PCV2 no sangue são críticos para a expressão da doença. Assim, as perdas associadas ao PCV2 não estão relacionadas apenas à presença ou ausência de viremia, mas também à quantidade de vírus. Nesse sentido, sabe-se agora que, para o PCV2 causar prejuízos devido a uma redução no ganho de peso médio, não é necessário que a carga viral seja tão alta quanto a que ocorre em animais com DR-PCV2. Baixas a moderadas cargas virais já causam perdas significativas de crescimento, o que foi evidenciado pelo uso de vacinas em fazendas sem DS-PCV2 nas quais os leitões vacinados ou porcas vacinadas apresentaram ganho de peso diário entre 20-51 g / dia. Isto explica porque fazendas sem DS-PCV2 decidiram vacinar com resultados lucrativos. Em animais adultos, a viremia é menos frequente do que em animais em crescimento, já que o contato prévio com o vírus durante as fases de transição e / ou engorda confere imunidade. Assim, a viremia em porcas durante a gravidez pode resultar em DS-PCV2, uma vez que o vírus pode atravessar a placenta e causar sintomas diferentes, dependendo do momento da infecção durante a gravidez. Além disso, existe a possibilidade de leitões virêmicos nascerem de porcas virêmicas, porque foram infectados por via transplacentária durante a gravidez, sendo uma fonte de infecção para os animais que os cercam. Portanto, a maneira mais eficaz de evitar as perdas de produção relacionadas ao PCV2 é evitar a viremia, induzindo imunidade passiva ou ativa que minimiza a circulação do vírus na propriedade. Nesse sentido, as vacinas comprovaram que reduzem significativamente a porcentagem de leitões virêmicos, assim como a carga viral no sangue e a excreção do vírus. Mesmo assim, devemos considerar que as vacinas contra o PCV2 em porcas, assim como em leitões, não causam imunidade esterilizante, de modo que a infecção continua na fazenda.
As micobactérias provocam infecções em suínos caracterizadas por lesões granulomatosas, localizadas principalmente nos linfonodos mesentéricos e da cabeça. A importância destas bactérias é crescente, devido ao potencial zoonótico e prejuízos provocados aos produtores e indústrias pela depreciação de carcaças afetadas. O diagnóstico laboratorial tradicional de Mycobacterium spp., resultado da caracterização por testes de cultivo e bioquímico, devido ao lento crescimento do organismo, pode consumir extenso período (30 ou mais dias). Adicionalmente, testes complementares (geralmente indisponíveis) são necessários para discriminar as diferentes bactérias do gênero. Por estas razões, técnicas moleculares têm sido crescentemente aplicadas na análise laboratorial. As micobactérias são classificadas em diferentes espécies (agrupadas em complexos). Na suinocultura, os complexos Mycobacterium avium (que inclui as espécies M. avium e M. intracellulare) e M. tuberculosis, que engloba M. tuberculosis e M. bovis, são os de maior ocorrência, respectivamente. A Simbios Biotecnologia utiliza metodologias de biologia molecular que permitem a detecção e diferenciação molecular de M. avium, M. intracellulare e do Complexo M. tuberculosis a partir de espécimens clínicos (pulmões, linfonodos).
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Streptococcus suis é bactéria que habita o trato respiratório superior de suínos, podendo ocasionar tanto doenças graves nesses animais, como meningite estreptocócica, septicemia, pneumonia e endocardite, quanto zoonoses em humanos. Essa bactéria apresenta alta diversidade genética, fenotípica e geográfica, o que torna o diagnóstico e a prevenção de doenças complexas. A classificação de S. suis se baseia em seus 29 sorotipos, sendo o Sorotipo 2 o mais prevalente e virulento, encontrado em mais de 50% dos casos, em diversos países, inclusive Brasil. E, em nosso País, o Sorotipo 9 também vem ganhando destaque em surtos clínicos, associado ao aumento da mortalidade e a impactos econômicos consideráveis. O diagnóstico de S. suis pode ser realizado por métodos bacteriológicos, imunológicos e moleculares, sendo a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) o método mais recomendado por sua rapidez, sensibilidade, especificidade e precisão. A PCR também permite a detecção diferencial dos sorotipos 2 e 9, o que é crucial para o controle de surtos e para o manejo com vacinas autógenas. A Simbios Biotecnologia oferece o serviço de detecção da espécie S. suis e a detecção diferencial dos sorotipos 2 e 9. Essa tecnologia garante um diagnóstico de alta sensibilidade e acurácia, auxiliando na prevenção e controle de doenças causadas por essa bactéria.
Senecavírus A, anteriormente conhecido como vírus Seneca Valley, é um pequeno picornavírus, não envelopado, descoberto incidentalmente como contaminante de cultura de células, em 2002. Em exame sorológico retrospectivo, no entanto, mostrou-se que o vírus estava circulando silenciosamente em suínos norte-americanos, pelo menos desde 1988.
Erosões, ulcerações e lesões vesiculares do focinho, mucosa oral e membros distais, especialmente ao redor da banda coronária, são observados. Descamação do casco e claudicação podem ocorrer, assim como sintomas mais gerais da doença, como febre, letargia e anorexia. Em recém-nascidos, o SVA causa fraqueza, letargia, sinais neurológicos, diarreia ou morte; no entanto, os sinais clínicos geralmente desaparecem dentro de 3 a 10 dias e a maioria dos leitões se recupera completamente.Os sinais clínicos de SVA, quando presentes, são indistinguíveis dos da febre aftosa (FA), da doença vesicular do suíno (DVS), do exantema vesicular do vírus suíno (EVS) - doenças mais graves e economicamente devastadoras. A morbidade varia dependendo da idade do animal, da região geográfica e da origem do rebanho.Taxas mais altas de morbidade são observadas em rebanhos sem imunidade. Em leitões desmamados, 0,5 a 5% podem ser afetados; em terminação e matrizes, 5 a 30% de morbidade pode ocorrer. A maior morbidade tem sido relatada em matrizes, com até 90%, mas a mortalidade parece ser muito baixa em suínos adultos. Em neonatos, por outro lado, tanto alta morbidade quanto mortalidade foram observadas.
A reação em cadeia da polimerase (PCR) é considerada padrão ouro para o diagnóstico e vários métodos convencionais e quantitativos foram publicados. Fluidos orais, tecidos e secreções vesiculares, ou raspados, podem ser testados com elevada acurácia via PCR em Tempo Real (qPCR).
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