
Tipificação de IBDV: análise de prevalência de Grupos Moleculares (GM)
O vírus da bursite infecciosa (IBDV), também conhecido como Doença de Gumboro (DG) causa imunossupressão severa em aves jovens, gerando significativas perdas econômicas. O diagnóstico preciso é fundamental para minimizar os impactos e para o manejo dos animais com programas vacinais eficientes. A genotipagem do IBDV, com foco nos polimorfismos da região hipervariável do gene VP2 da proteína do capsídeo (hvVP2), permite a distinção precisa de grupos moleculares do vírus, identificando variantes circulantes e a eficiência das vacinas utilizadas.
Com mais de 25 anos de experiência na tipificação do IBDV, a Simbios é pioneira e se consolidou como referência na técnica. Com sua trajetória consolidada e sempre alinhada às inovações, a empresa harmonizou seu sistema de classificação com a proposta de sete genogrupos de Michel & Jackwood (2017), amplamente aceita atualmente. Com os sistemas de classificação alinhados, que podem ser facilmente convertidos, é possível estabelecer plena correlação entre os GM da Simbios e os genogrupos de Michel & Jackwood (2017). Vale destacar que o sistema tradicional da Simbios apresenta maior amplitude e resolução de categorias, permitindo identificação precisa e detalhada de cepas, como as variantes W2512, V877 e 228E, além das cepas clássicas e vacinais, oferecendo informações mais completas e de valor.
Ao longo de seu histórico na tipificação de IBDV, a Simbios tem acumulado dados que refletem a trajetória do vírus na avicultura brasileira. A tabela a seguir apresenta os resultados obtidos nos últimos cinco anos, destacando os grupos moleculares mais importantes: GM 15 (genogrupo 4, Michel & Jackwood, 2017), GM 3 (genogrupo 1 ou 7), GM 9 (genogrupo 1) e GM 11 (genogrupo 3).
Gráfico A - Prevalência dos grupos moleculares (GM) de IBDV tipificados pela Simbios (2019-2024).
Gráfico B - Número de resultados positivos no eixo inferior e total de testes executados no eixo superior.
Resumidamente, observa-se que o GM 15 (genogrupo 4), relacionado a cepas de campo de expressão subclínica, é o mais prevalente ao longo dos anos, com incremento importante nos últimos dois. Destaque também pode ser dado à cepa vacinal W2512 (GM 3 - genogrupo 1), que ocorre consistentemente no período entre 15% a 20% dos resultados, e à cepa vacinal do GM9 (genogrupo 1), que, nos últimos três anos, evidencia-se com alta prevalência, semelhante à vacinal W2512.
O GM 11 (genogrupo 3), relacionado à cepa de campo (desafio) de expressão clínica (bursas hemorrágicas, mortalidade e imunossupressão), que anteriormente já teve maior expressão epidemiológica, tem-se evidenciado com baixa prevalência nos últimos anos. Ressalta-se também o decréscimo no percentual de amostras negativas, que pode ser decorrente do aumento da frequência de cepas do GM15 (genogrupo 4). Vale destacar que esta análise é baseada em prevalência dos grupos em nossa rotina de análises, não constituindo uma amostragem ativa, de base estatística.
A Simbios Biotecnologia é pioneira e referência no uso de soluções para diagnóstico e tipificação molecular do IBDV. Nossa abordagem de vigilância epidemiológica molecular oferece informações essenciais, fundamentando a formulação de estratégias eficazes para o controle da doença em avicultura.
Referência
Veja também:
IBDV G15 (Grupo Molecular 15) é Genogrupo 4 de Michel & Jackwood (2017)
Epidemiologia molecular na detecção e controle de doenças aviárias
Controle da Doença de Gumboro e a importância da análise molecular