
O diagnóstico molecular na identificação de patógenos resistentes a medicamentos
O Plano de Ação Global sobre Resistência Antimicrobiana (RAM) acaba de completar dez anos de existência. O documento foi aprovado em maio de 2015 na 68ª Assembleia promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), servindo como base para que os governos desenvolvam estratégias de combate à RAM.
A publicação soma cinco objetivos estratégicos: conscientização, vigilância, redução de infecções, uso racional de antimicrobianos e investimento em pesquisa. Sua implementação requer colaboração multissetorial e tecnologias inovadoras.
Nesse contexto, os avanços do diagnóstico molecular têm sido cruciais para identificar patógenos resistentes a medicamentos, permitindo um tratamento mais eficaz e direcionado. Comparado aos métodos tradicionais, oferece maior agilidade, sensibilidade e especificidade na detecção de microrganismos ao identificar diretamente o DNA ou RNA dos patógenos em amostras biológicas, permitindo diagnósticos precoces, mesmo em estágios iniciais da infecção, quando abordagens tradicionais, como culturas microbiológicas e sorologias, podem falhar.
O resultado final oferecido pelas técnicas de biologia molecular aos profissionais de saúde que lidam diretamente com os pacientes é o suporte a tratamentos mais eficazes e direcionados, evitando a prescrição excessiva e o desenvolvimento e disseminação de cepas resistentes tanto na saúde humana com na animal, conforme preconiza a abordagem integrada One Health.
Assessoria de Comunicação
Anahi Fros | Jornalista