Detecção e tipificação de Streptococcus suis por PCR
Streptococcus suis habita o trato respiratório superior de suínos, às vezes de forma inofensiva e, em outras, desencadeando doenças graves e importantes. É também relevante como zoonose, causando meningite estreptocócica ou, mais esporadicamente, septicemia, pneumonia, endocardite e artrite, que podem levar a sequelas irreversíveis e, por vezes, a óbito (Segura, 2015; Dutkiewicz et al., 2017). Esta grande variação na patogenicidade torna complexos tanto o diagnóstico quanto a prevenção (Segura, 2015 e 2020; Dutkiewicz et al., 2017; Haas & Grenier, 2018).
Há uma notável diversidade genética, fenotípica e geográfica de S. suis, incluindo fatores de virulência e estratégias de evasão do sistema imunológico do hospedeiro. Em um mesmo sorotipo, é possível encontrar cepas, tanto patogênicas quanto saprofíticas, e esta diversidade representa um desafio significativo (Goyette-Desjardins et al., 2014; Hatrongjit et al., 2020). Apesar disso, estudos epidemiológicos indicam que a sorotipagem mantém sua relevância correlacionada com sinais clínicos, desempenhando papel crucial na orientação de estratégias de prevenção e controle, incluindo abordagens específicas de vacinação adaptadas às distintas cepas, como a implementação de vacinas autógenas (Goyette-Desjardins et al., 2014).
A classificação de S. suis tem por base seus 29 sorotipos, mas o Sorotipo 2 se destaca devido à virulência e à sua predominância global, sendo identificado em mais de 50% dos isolamentos em diversos países, incluindo o Brasil (Scherrer et al., 2020; Hammerschmitt et al., 2022; Massacci et al., 2023). E, mais recentemente, o Sorotipo 9 também tem ocorrido no Brasil em surtos clínicos, associado ao aumento de mortalidade, resultando em consideráveis impactos econômicos. A emergência do Sorotipo 9 de S. suis pode estar relacionada à coabitação de leitões de diferentes origens e à ausência de imunidade cruzada entre cepas heterólogas, especialmente quando a cepa circulante não está presente no esquema de vacinação (Hammerschmitt et al., 2022). Na maioria dos casos, a presença isolada ou conjunta dos sorotipos 2 e 9 esteve associada à manifestação de sinais clínicos, fundamentando a importância de sua tipificação como informação estratégica.
O diagnóstico laboratorial de S. suis considera métodos bacteriológicos e imunológicos, bem como técnicas moleculares - especialmente a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase)-, por oferecer diagnóstico rápido, sensível, específico e preciso (King et al., 2002; Marois et al., 2006; Okura et al., 2014; Athey et al., 2014; Xia et al. 2018; Estrada et al., 2019, 2021 e 2022). Além disso, a PCR permite a identificação precisa da presença de S. suis, com distinção dos sorotipos mais prevalentes 2 e 9, fornecendo informações valiosas para o controle de surtos e para o manejo com vacinas autógenas.
A Simbios Biotecnologia oferece o serviço de detecção da espécie S. suis e a diferenciação dos sorotipos 2 e 9, além dos kits NewGene para detecção genérica de S. suis e tipificação destes sorotipos, proporcionando diagnóstico de alta sensibilidade e acurácia.
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