BOAS PRÁTICAS EM PCR | Cuidados na etapa pré-analítica Simbios Biotecnologia

BOAS PRÁTICAS EM PCR | Cuidados na etapa pré-analítica

Os resultados de exames laboratoriais podem sofrer influência de três fases distintas: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Mas qual delas é mais suscetível a erros? Acertou quem apostou na fase pré-analítica! 


O sucesso do diagnóstico depende fundamentalmente da qualidade do espécime clínico coletado, do seu adequado transporte e das condições de armazenamento. Ou seja, todo o manuseio feito antes da chegada e processamento da amostra no laboratório. Diversos estudos apontam que falhas pré-analíticas geram entre 60% e 70% das inconsistências encontradas em resultados.

 

Hoje, dando continuidade à série Boas Práticas em PCR, vamos falar um pouco das principais práticas e recomendações que devem ser aplicadas na coleta, amostragem, transporte e preservação da maioria das amostras biológicas usualmente enviadas para análises de PCR, e que sempre fazemos questão de destacar aos nossos clientes. Confira:


Escolha da modalidade adequada: em geral, técnicas de PCR permitem várias aplicações, como detecção, quantificação e tipificação de diversos patógenos. Por esse motivo, o solicitante deve escolher a modalidade que melhor agrega valor ao seu estudo ou investigação de suspeita clínica, a fim de que se obtenha informações importantes e seja realizada a tomada de decisão correta. 


Amostragem representativa: esse é um dos pontos mais críticos da etapa pré-analítica. O número de amostras deve ser estatisticamente representativo, considerando principalmente a prevalência estimada do agente, a etiologia da doença e o propósito da análise (diagnóstico ou monitoramento, por exemplo). Os animais selecionados para coleta devem ser escolhidos aleatoriamente, em diferentes momentos da evolução da doença. Também deve-se estar atento a possíveis interações com outros agentes patológicos. Amostras em pools podem ser bastante úteis para caracterizar uma população ou lote.


Boa técnica de coleta e preparo da amostra: é indispensável a execução de uma boa técnica para obtenção do espécimen recomendado, livre de contaminantes, em volume ou quantidade apropriada. O material coletado deve ser colocado em recipiente estéril, que precisa ser selado, identificado e, quando necessário, acondicionado em contenção secundária (saco plástico, por exemplo) para evitar vazamentos e contaminação cruzada.


Transporte em boas condições: após a coleta, a amostra pode ser resfriada e enviada o mais breve possível. Caso contrário, deve ser congelada até seu envio. Durante todo o período de transporte, o material deve permanecer em baixa temperatura – resfriada (2-8°C) ou congelada –, de forma que não ocorram crescimento de microrganismos, putrefação ou autólise, que interferem na qualidade do resultado de PCR. Recomenda-se o envio em caixa de isopor com gelo reciclável em quantidade suficiente para o período de transporte previsto. Envios em temperatura ambiente somente são aceitáveis quando o material está em FTA card ou soluções de transporte (estabilizantes) próprias para PCR.


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