FIV e FeLV: parâmetros do diagnóstico molecular Simbios Biotecnologia

FIV e FeLV: parâmetros do diagnóstico molecular

O diagnóstico das retroviroses felinas é de extrema importância e apresenta diversos desafios, diante da confirmação de um caso positivo. Apesar de muito similares, essas doenças apresentam diferenças em seus processos patológicos, que determinam desde a correta solicitação do exame laboratorial, passando pela interpretação dos resultados obtidos, estendendo-se ao acompanhamento do animal portador.

A Imunodeficiência Felina (FIV), similarmente à imunodeficiência viral em humanos (HIV) (1, 2), evidenciará logo após a infecção altos níveis de RNA viral circulante e ausência de anticorpos anti-FIV. Posteriormente, com a integração do DNA proviral ao DNA dos Linfócitos T CD4+ do hospedeiro, ocorrerá um longo período de latência, no qual o animal permanece positivo por sorologia e DNA proviral, porém, sem RNA viral circulante detectável. O infectado permanece estável, e aparentemente saudável, até a reativação do DNA proviral, geralmente resultante de um estresse, como a mudança de ambiente ou uma co-infecção. Neste momento há a reativação da replicação viral, resultando em altas cargas de RNA viral circulante e queda dos níveis de anticorpos, tanto por depleção quanto por diminuição da produção, geralmente associados a sinais clínicos graves e infecções concomitantes, sinalizando a fase terminal da doença (3, 4, 5)

Na infecção pelo Vírus da Leucemia Felina (FeLV), por outro lado, a relação entre RNA viral e DNA proviral é muito mais fluida. O momento da infecção também é caracterizado por alta carga de RNA viral no sangue. Entretanto, a partir deste ponto, a doença pode progredir de três formas principais: abortiva, regressiva ou progressiva.


  • A forma abortiva é caracterizada por resposta imune extremamente competente e produção de anticorpos em velocidade e título suficientes para eliminação completa da infecção. Felinos que a desenvolverem serão positivos no teste sorológico, mas negativos nos testes moleculares.
  • A forma regressiva, a mais comum, é caracterizada pela resposta imune competente, mas insuficiente para impedir a integração do DNA proviral nos linfócitos do hospedeiro, provocando um estado de latência similar à infecção por FIV. Quando estável, em tratamento antiviral, o gato regressivo tende a apresentar altos níveis de anticorpos e baixa carga de RNA viral, com alta carga de DNA proviral integrado. Entretanto, quando há queda na eficiência ou interrupção do tratamento, há aumento da replicação viral e, consequentemente, da carga de RNA viral circulante, associado à queda nos níveis de anticorpos, por diminuição da produção e depleção.
  • Na forma progressiva, a atividade replicativa viral e a depleção imunológica moderada a severa geralmente está associada ao aparecimento de sinais clínicos e infecções concomitantes (indicativo de necessária readequação do tratamento antiviral). Esta manifestação ocorre tanto logo após a infecção como depois de anos de tratamento estável, caracterizando uma fase terminal de FeLV, na qual o sistema imune do paciente não mais responde à infecção, resultando em sorologia negativa e altas cargas de DNA proviral e RNA viral circulante.


Portanto, as análises de DNA proviral e RNA viral são essenciais para a correta avaliação do quadro clínico e prognóstico do paciente, bem como para o desenvolvimento, implementação e acompanhamento dos tratamentos necessários (6, 78). São resultados que devem ser avaliados em conjunto com o histórico do paciente e repetidos periodicamente, a fim de assegurar o status de não infectado em gatos saudáveis e indicar o sucesso do tratamento nos animais portadores, apontando precocemente a necessidade de readequação nos casos sem êxito.

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